1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

AGREMIAÇÕES CANCELAM O CARNAVAL EM SÃO LUÍS




 Depois da divulgação de ontem de que a prefeitura de São Luís não faria o carnaval de passarela o assunto tomou conta da mídia, da opinião pública e das redes sociais. São opiniões diversas de apoio e de repúdio à decisão da Fundação Cultural do Município como o apoio do prefeito.


Mas, a bem da verdade foram as agremiações das escolas de sambas e blocos carnavalescos que cancelaram o desfile na passarela em uma atitude de ganância e prepotência  quando o secretário de Cultura Francisco Gonçalves anunciou o repasse de R$  2 milhões para a construção da passarela e para cobrir a logística do evento. Deixando de fora do orçamento os fabulosos cachês para os donos de escolas e blocos.


Com a situação de descaso do que a prefeitura iria oferece, o prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Junior, determinou que 50%  do valor destinado ao carnaval de 2013 fosse transferidos para a Secretária Municipal de Saúde (SEMUS), o que corresponde a uma injeção de R$ 1 milhão para a pasta que na semana passada virou noticia nacional ao fazer campanha no facebook pedindo alimentos, na mesma semana em que o secretário Municipal de Cultura anunciava o repasse. Estabelecendo um verdadeiro paroxo de situações. De um lado o Socorrão pedindo socorro e do  outro os foliões recebiam a oferta para alimentar a alegria de apenas quatro dias.


 Brasa Santana da Associação Maranhense dos Blocos Carnavalesco sem um pingo de noção, senso critico e sentimento solidário a situação vigente desta cidade, mostrou que vive só para diversão quando disse que o prefeito não pode dar prioridade só para a Saúde e a Educação. Dois grandes pilares de regimento social. Como um cidadão que ama a cultura pode dizer uma aberração dessas quando o retrato falado da cidade é de prioridade, urgência e emergência? Em que a gestão passada deixou a cidade quase que falida? Sem saúde, sem ajuste no transporte e uma educação fora dos padrões necessários? 


A atitude do prefeito não foi baseada na sua religiosidade, mas, na resposta das agremiações que estão acostumados com a festança dos cachês. A prefeitura garantiu: recursos que seriam utilizados para custeio dos gastos com palco, som, iluminação, banheiros químicos e atrações artísticas de bailes e eventos comunitários. O valor, entretanto, não era suficiente para o pagamento de cachê solicitado pela maioria das agremiações carnavalescas e por isso a União das Escolas de Samba do Estado do Maranhão (UESMA), a Associação Maranhense de Blocos Carnavalescos (AMBC) e a Academia de Blocos Tradicionais do Estado do Maranhão (ABTEMA)  decidiram não participar do desfile na Passarela do Samba. E o prefeito é culpado? 


Para se ter uma ideia só de quentinhas seriam gastos aproximadamente R$ 350 mil por dia, enquanto isto a saúde do município dependia da boa vontade da população para manter e sustentar os seus doentes. O prefeito errou em repassar R$ 1 milhão para a pasta da saúde?


Dinheiro mesmo  pouco, as agremiações teriam, assim como o cachê, não iriam entrar na passarela de graça e por que resolveram não aceitar o repasse? O secretário de Cultura foi autentico ao dizer: se as escolas e blocos não vão desfilar não há motivo para construir passarela, seria um desperdício de dinheiro público. 


Muito se fala em paixão pela cultura maranhense, amor, afeto e dedicação. Não seria hora de colocar isto em prática? Entrar na passarela por que a cultura do carnaval não pode morrer?  Ou será que a cultura pregada de fato não existe?  E o que prevalece é a cultura dos bens e consumos que hoje se usa em diversas manifestações que vão perdendo a sua característica para agradar o capitalismo.

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