1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A TV QUE SE VÊ 3: A TV DAQUI E A TV DE LÁ.

Muitas vezes ouvimos falar que nossa televisão não é diferente da televisão de outros países, que também apresentam programas muito violentos e de baixo nível, nos canais abertos. Isso, entretanto não é verdadeiro no que se refere ao item sexualidade. Nossa televisão caracteriza-se por ser hipersexualizada, como nenhuma outra. Que efeitos isso pode ter? De fato não sabemos com precisão todas as conseqüências desse estado de coisas. Vou citar algumas das conseqüências mais conhecidas:
1º) A banalização da sexualidade: o acúmulo de cenas sexuais de todos os tipos sendo despejadas continuamente sobre a criança faz com que ela aprenda a ver o sexo como algo banal, que se faz porque todos fazem, porque o grupo pressiona e não pelo significado pessoal que possa ter. Pesquisas recentes atestam esse "fazer por fazer."

2º) O efeito identificação: cenas sexuais apresentadas por jovens atraentes, com quem os adolescentes se identificam e para os quais as conseqüências do ato nunca aparecem como de fato são, têm todas as condições para serem imitadas. Isso se aplica não só à sexualidade, naturalmente, e é à base de toda estratégia de marketing. Muitos dirão que isso não é assim tão grave, já que afinal, a maior influência sobre a criança é a família, e que nas famílias bem estruturadas a influência da televisão na sexualidade delas será mínimo. Se esse raciocínio fosse verdadeiro, então não haveria razão para se proibir o marketing de fumo e bebida alcoólica, pois crianças bem orientadas, não fumariam nem se alcoolizariam. No entanto, nossa sociedade houve por bem proibir esse tipo de propaganda. A família é muito importante para a criança, mas não podemos esquecer que, na adolescência, surgem identificações secundárias, isto é, novos modelos, além dos pais, começam a ter importância para os jovens. Além disso, em nosso meio, o que ocorre, é que a televisão estimula massivamente tipos de saída duvidosos, para dizer o mínimo, para o erotismo e para a agressividade, para crianças já submersas em promiscuidade e violência. Essa combinação torna-se, de fato, explosiva.

3º) Os mecanismos de defesa que atuam na adolescência hoje, acreditam alguns, com tanta informação, os jovens saberão defender-se usando a camisinha. Pois bem, muitos não o fazem. As pesquisas mostram que mesmo com todas as informações possíveis, muitos jovens não se previnem. O fato é que cada jovem terá seu próprio ritmo na organização de seu mundo mental. Enquanto isso não se processa, o jovem não tem condições de pensar a sexualidade e suas conseqüências, com a clareza com que uma pessoa adulta o faria.
Livres dos preconceitos e repressões das gerações anteriores, os orientadores se dispõem a ensinar aos jovens como se proteger; só que nem sempre eles querem, ou conseguem aprender. As conseqüências do sexo irresponsável são graves. Portanto, esse incentivo generalizado à atividade sexual dos jovens é uma inconseqüência de quem o faz. Além disso, ouvimos tanto falar que os jovens estão iniciando a atividade sexual cada vez mais cedo, que fica no ar a impressão de que alguma modificação biológica está ocorrendo na espécie humana. Isso não é verdade.

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