1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A TV QUE SE VER: O LÚDICO EROTIZANTE DA TV NA CRIANÇA.



O tempo passou e muitas coisas mudaram. Nos grandes centros urbanos praticamente a infância não é mais vivida e experimentada em sua plenitude, as nossas crianças modernas já nascem presas nos grilhões tecnológicos é impossível se falar em infância sem pensar nos jogos eletrônicos, TV, Internet, DVDs, aparelhos celulares e brinquedos com controle remoto e outros aplicativos. Vaidosas cada vez mais precoce, crianças e adolescentes se expõe na zona de perigo chamada internet e poucos pais estão vigilantes por achar que a criança está brincando na internet sozinha e muitas das vezes na companhia de monstro que surgem na mente, na alma, no espírito e outros que saem da tela para o mundo real.

Além da Internet outro ponto avassalador é a baba eletrônica (a TV) contratada por muitos pais que estão sufocados com o peso do capitalismo esta dita cuja forma com seus jogos atrativos os adultos de amanhã com pouca mentalidade e maturidade zero. Na briga pela audiência as cenas de sexo são jogadas pelas redes de televisão na sala da família brasileira e é visto com muita naturalidade por filhos e pais e muito sem nenhum preparo deixam que as fronteiras de suas crianças sejam invadidas com as piores fantasias que num futuro bem próximo queimarão etapas e os tornarão sexualmente adultas e eternas crianças nas tomadas de decisões. Com tanta evolução ao entrar na pré-adolêscencia entre 10 a 12 anos muitas meninas que normalmente tem o desenvolvimento mais acelerado que os meninos já pensam em namorar e usar maquiagem cheia de sensualidade.

A erotização precoce vem sendo observada há algum tempo na nossa sociedade. De um lado, uma sociedade que valoriza a beleza acima de tudo e de todos, a busca pela exposição, a necessidade de se mostrar para o mundo, de ser visto e aceito. Do outro, a descoberta do corpo, que antes era feita entre quatro paredes ou no máximo com as (os) amiguinhas (os) no banheiro da escola, agora acontece na internet, explica a pedagoga Danielle Lourenço. Os nossos pré-adolescentes e adolescentes vivem a cultura da vaidade, valorizando o “ter” ao invés do “ser”. Isto afeta o processo de maturidade. A invisibilidade, que é terrível na cultura da vaidade, acaba sendo combatida com a superexposição na rede, muitas com poses sensuais, elas ficam vulneráveis à aproximação de adultos desequilibrados e mal resolvidos e sempre sem nenhuma boa intenção

Não tenho o propósito nesta serie de postagens abordar enfoques moralistas e religiosos que diga o que é certo ou errado ou a volta da censura aos meios de comunicação mais levantar discussão sobre a estruturação da sexualidade na criança, como a mulher e vista e isto afeta no desenvolvimento e como a nossa televisão os meios de comunicação no geral se comportam face a esse processo

Números do Ministério da Saúde mostram que a maior causa de internação de meninas de 10 a 14 anos nos hospitais do SUS são os partos ou as conseqüências de abortos mal feitos.
Números do Serviço de Atendimento ao Adolescente da PMSP mostram que 50% das adolescentes engravidam nos primeiros 6 meses de atividade sexual; 20% no primeiro mês.
O fato é que as nossas crianças estão um pouco perdidas, tateando pela vida na busca de novas formas de ser. Esse vazio de referências dá espaço a um “vale tudo” no esforço de preenchê-lo e os pais que talvez estejam na mesma corda bamba precisam se apoiar intensamente na capacidade de discernimento, para não deixar que o caos se instale nos lares e na vida dos seus filhos.

Para evitar situações assim é importante que pais e mães se envolvam na vida dos filhos. A identidade virtual tem importância em 50% para os adolescentes, a outra metade é identidade social. Hoje os pais pouco interferem na vida social e escolar dos filhos. Mas é importante que olhem as fotos antes que as crianças postem e que ensinem que o que não é correto fazer no mundo real, também não o é no mundo virtual.




Fontes:
jornal Universal nº 986
http://www.defatima.com.br/site/conteudo/novidades/artigo%20sexualidade.htm

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