1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A QUEDA DA MURALHA "MURAD"

Ao termino das últimas eleições (2010) o candidato reeleito a deputado estadual Ricardo Murad (PMDB-Ma) ergueu a bandeira da sua candidatura a presidência da Assembléia Legislativa e pelo seu discurso imponente, decisivo e um tanto quanto prepotente acreditava-se que a sua eleição seria fácil já que boa parte da nova legislatura é governista. Ricardo Murad levantou sua muralha com a arrogância de quem já dirigiu a Assembléia e foi federal chegou, a falar, a agir e a se movimentar como presidente antecipadamente, o favoritismo ao seu ver era tanto que o isolou dos caminhos da negociação, da parceria e da boa ética partidária.

Como em toda construção seja casa, prédio ou uma simples muralha faz-se uma base, ou seja, o alicerciamento e foi ai que a “muralha” de Murad veio a baixo porque enquanto ele cantava nos quatros cantos já como solista oficial das canções discursivas da AL outros afinavam a orquestra que como em Jericó cidade bíblia trouxe a muralha Murad abaixo. Quando Ricardo percebeu que o show não ia rolar saiu de cena e tentou colocar no palco o experiente deputado Manoel Ribeiro (PTB) que não teve tempo nem de ensaiar a escala de Dó, por que em um canto da cidade lá pras banda do Tibiri zona rural de São Luís 25 deputados escolheram uma chácara onde se confinaram para evitar as pressões, arquitetaram o BBP-2011 (Big Bloco Político). O resultado foi instantâneo: o peemedebista Ricardo Murad desistiu do sonho de ser a voz da Assembléia e surge como elemento surpresa pra muitos políticos o novo presidente Arnaldo Melo (PMDB) que usou o caminho inverso do Murad, da conversa, da articulação, da união, do discurso humilde e venceu.

Arnaldo Melo é do partido da base governista contou com o apoio do PT (hoje governista), dos novos deputados também governista descontentes como a maneira com que a governadora tentou impor o nome do seu cunhado, já visto como eleito e com o apoio decisivo da oposição gerando a primeira derrota da governadora Roseana Sarney. Arnaldo Melo em seu discurso de posse reafirmou o seu apoio ao governo, mas que manterá a independência do legislativo sem descriminar nenhum deputado por sua colocação partidária. O então antigo presidente Marcelo Tavares satisfeito com a derrota do governo falou a um jornalista: “me sinto feliz. Nós afundamos um Titanic.”

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