1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

NOSSO 5,9% x 61% DELES.


Na primeira prova de fogo do governo Dilma Roussef no Congresso Nacional o povo para preservar a tradição saiu perdendo e a novela de todo ano se repetiu nas plataformas noticiarias “Aumento do Salário Mínimo” o termo aumento é só uma força de expressão por que pra fazer jus ao nome a diferença foi mínima R$ 5,00 do proposto que dar pra pegar o metro no Rio de Janeiro ir à Gávea e ficar por lá mesmo pois o troco não possibilita a volta. Nas últimas semanas o assunto mais polêmico em Brasília foi à discussão do valor que deveria ser dado ao salário-mínimo e a preocupação fundamental era não deixa o governo fracassar.

O aumento de 5,9% gerou polêmica e cana de braço entre os parlamentares. Segundo o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou no plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (15/02) que um reajuste do salário mínimo para mais de 545 reais neste ano criaria insegurança para as despesas públicas em um momento em que o governo promove um corte elevado de gastos públicos. O resultado foi o esperado: o governo aprovou na noite desta quarta-feira (16) o valor do salário mínimo de R$ 545. As outras duas propostas da oposição, uma de R$ 600 e outra de R$ 560 foram derrubadas com mais de 240 de diferença. Um com 270 votos de diferença da outra. Foram mais de dez horas de sessão.

Quando o Guido Mantega fala que o governo vai promover um corte elevado de gastos públicos e que o reajuste do salário mínimo criaria insegurança das despesas cria-se uma questão inexplicável para o brasileiro, inexplicável porque os parlamentares jamais irão provocar um debate deste e a mídia não toca neste assunto velado, ou seja, e o aumento de 61% do salário dos parlamentares e senadores não gera este desconforto financeiro? Por que só o salário mínimo desequilibra a economia brasileira? Dirão: é porquê são milhões de pessoas que vão receber este valor R$ 545,00 e os parlamentares são apenas 594 que receberão R$ 26.700,00 gerando uma receita de mais 15 milhões/mês e por ano mais de 190 milhões isto é só salário, neste pacote não estão inclusos os gordos benefícios que cada parlamentar têm. Este cálculo é baseado na turma de Brasília se colocamos na ponta do lápis os salários dos deputados estaduais, vereadores e governadores e outros tantos não dão prejuízo aos cofre público?

O incrível desta questão é que para aprovação do mínimo chegou-se ao máximo de mais de dez horas de sessões e para aprovação do aumento dos parlamentares chegou-se ao mínimo de quase cinco minutos. O salário mínimo que é pago ao verdadeiro cidadão brasileiro é baseado e reajustado de acordo com a Inflação (INPC/Índice Nacional de Preços ao Consumidor) + variação do PIB (Produto Interno Bruto) e o dos deputados é baseado em que para chegar a 61% de aumento. É necessário de fato que o governo faça corte para evitar a volta da inflação alta, mas se faz necessário também honra a Magna Carta do país que ordena que todos são iguais sem distinções. O Brasil precisa crescer em qualidade de vida para o seu povo chega de os menos favorecidos cumprirem as Leis em todos os âmbitos enquanto outros se beneficiam. Lembro que a presidenta Dilma no discurso de posse falou: vamos ter um salário mínimo no horizonte de 2014, bem acima de R$ 700 e poucos reais. E, se não tiver nenhuma alteração [na economia] em 2011, ele já estaria acima de R$ 600. Se não em 2011, em 2012. Foi só um discurso que o vento se encarregou de dissipar.

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