1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

sábado, 15 de maio de 2010

A EXCLUSÃO SUBSTITUIU A ESCRAVIDÃO.


Dia 13 de maio historicamente se comemora a Abolição dos Escravos, data que já fez parte do calendário nacional como feriado e hoje é um dia qualquer lembrado por poucos e já não está mais nas pautas principais dos meios midiáticos. Pra quê? Talvez pergunte O Estado Brasileiro e justifique que já fez sua parte: deu a liberdade ao negro no dia 13 de maio de 1888 e tirou o feriado por que o negro não tem nenhuma representatividade diga de honra já que apenas desenvolveu atividades subalternas sem nenhuma relevância e finaliza pensando: não temos nenhuma divida com a raça negra brasileira. Mentira!

Aquele discurso político durante a campanha de abolição tinha somente um propósito, mudar a cara do Brasil para um país mais vendável dentro do capitalismo. As criticas vinda do exterior ajudavam a elite a perceber de que a escravidão era um obstáculo à emergência do Brasil como uma nação moderna. Os países europeus já estavam lucrando com as Revoluções Indústrias e precisavam de mercado consumidor e estabelecer uma exploração mais social e lá estava o Brasil. Para dar tempo aos patrões estabeleceram uma abolição gradual o fato era que simplesmente eles não poderiam sobreviver à escassez de mão-de-obra. Quando foi aprovado a Lei do Ventre Livre, que tornava livre toda criança nascida de mãe escrava, estas pobres crianças “livres” continuavam escravas agora “social”, pois deveria prestar serviços ao senhor da mãe até a idade de 21 anos. Que lindo. Perfeito!

Outro deboche político foi a Lei Sexagenária, que libertava todos os escravos com mais de 65 anos. Como diz Thomas Skidmore “os cínicos notaram que poucos escravos masculinos brasileiros alcançavam aquela idade”. Estatísticas de 1872 mostram que a expectativa de vida do escravo masculino brasileiro era de apenas 18 anos. E outra, como iriam viver os recém-libertos? Se suas forças, vitalidade e vida em si haviam sido consumido pelo trabalho forçado?

Finalmente foi assinada pela princesa Isabel a Lei Áurea que diga de passagem assinou por que D. Pedro II estava na Europa. Com a “libertação” os escravos continuaram presos em uma condição social completamente a margem da sociedade, sem ter pra onde ir o jeito era continuar servido aos senhores em troca de favores, comida e moradia. A mão-de-obra para solidificar o capitalismo no país era absorvida pelos imigrantes que chegavam ao Brasil qualificados e versáteis muitas das vezes demonstrando sua grande mobilidade de trabalho em diversas áreas.

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