1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

sábado, 15 de maio de 2010

A EXCLUSÃO SUBSTITUIU A ESCRAVIDÃO I I


Pós-122 anos de abolição da escravatura a história é a mesma só alterou o cenário, o discurso é o mesmo que perpetua a tese de racismo e preconceito। Neste imerso país onde a mistura étnica deu certo, somos um povo cheios de contradições, separados por um abismo intransponível que, distanciam negros e brancos de forma visível e invisível. 13 de maio deveria ser comemorado com honras aos heróis negros que lançaram os fundamentos para construção da sociedade brasileira. Entretanto a cor da pele permanece uma marca-chave nos princípios do status social. Nos outros países da América onde houve escravismo recente, a data da abolição é comemorada com grandes festas, muitos discursos e uma ampla revisão histórica. Aqui no Brasil, pelo contrário, se quer fazer esquecer o 13 de maio, pois uma parte da sociedade não quer ser considerada culpada pela criminalidade do escravismo, pelos erros do passado; dos quais a escravidão e o racismo são os mais caros e dolorosos na trajetória social brasileira.

Boa parcela dos brasileiros tem vergonha de dizer que são descendentes de escravizados। Estamos cheios de informações errôneas e antiéticas sobre a história. O certo, o exato e o verdadeiro queira o Estado ou não é que o escravismo foi um regime criminoso contra a humanidade, de leis e fatos imorais, antiéticos, condenáveis em qualquer sociedade que fizesse bom juízo desta situação. Alguns se escondem no discurso de quer na époça era lei. Não justifica. Lembro que o Nazismo também era lei que permitia a prisão e o massacre dos judeus. Passado o nazismo, todos que governaram e se beneficiaram do regime foram julgados e condenados. Aqui no país Verde e Amarelo foi o inverso, a raça negra como diz mais uma vez Thomas Skidmore foi julgada de preguiçosa, sem energia para educação e herança, só pode ser estimulada por algum "aguilhão” e condenada ao subemprego, moradia precária, em favelas e comunidades periféricas, a acusação de bandidos, criminosos e a ameaça constante para a sociedade. Atualmente, apenas a Igreja Católica, através do Papa admitiu o erro, demonstrou ter vergonha do erro, do regime.

Temos consolidados certos passos na vitória de uma luta constante contra as vários mecanismos de preconceito. O fato concreto, absoluto e notável esta no nosso cotidiano nas vilas e favelas das metrópoles e outra, afirma e reafirma de forma latente que a abolição aconteceu do ponto de vista teórico, por que são esses mesmos negros e negras que estão sempre em todos os índices do baixo padrão de qualidade de vida. É necessário reconhecer sem maquiagem que a exclusão substituiu a escravidão, com igual teor de perversidade. Não precisamos comentar muito quando o assunto é exclusão social basta sem muito esforço acompanhar e se indignar todos os dias pelos fatos expostos pela mídia ou não, esse é o grande gargalo nacional. Daí que se queremos justiça social, precisamos urgentemente implementar ações que façam a correção dessa gigantesca injustiça cometida à população negra. Com a implantação do Estatuto da Igualdade Racial vamos pegar esta abertura pelo menos de forma absolutamente necessária para colocar o Brasil nos rumos dos trilhos da cidadania efetiva para todos, como já fazem as grandes nações cumpridoras dos preceitos do Estado Constitucional e Democrático de Direito.

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