
"Costumo usar vestidos curtos e calças apertadas, assim como outras meninas. Naquele dia, tinha pegado ônibus, andado na rua e ninguém disse nada". Com estas palavras a estudante do 1º ano de Turismo, Geysi Arruda de uma universidade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista - Uniban tentou simplificar o seu estado de choque diante da atitude hostilizante dos universitários no dia 22 de outubro quando resolveu assistir aula com um microvestido. Tudo leva a crê que os marmanjos acadêmicos ficaram descontrolados ao ver um par de pernas bonitas de foram e perderam assim como a estudante o senso do ridículo ao ponto da policia intervir, e se a policia na chegasse? Geyse seria estuprada ou lichada? Embora analisemos que ninguém ia reagir desse jeito só por causa de uma roupa nada justifica a manifestação verbal de caráter ofensivo.
Será que ela quis se promover? E se fosse seria ela a grande prejudicada nesta história porque cada um assume e colhe os resultados positivos ou negativos do seu marketing pessoal. Qual foi o seu pecado capaz de levá-la a cruz frente a tantas aberrações que estão diante dos nossos olhos e simplesmente fazemos vista curta, registramos as imagens agressivas e as colocamos no nosso cotidiano. Até na própria Uniban existem atitudes destes quase “universitários” que ameaçam a ética, a moral, a família e até Deus mais ninguém diz nada por todos nós de alguma forma estamos envolvidos e por que a roupa desta dama de vermelho foi o pecado principal ? Não estou fazendo apologia à falta de pudor, reprovo a atitude da jovem assim como reprovo a posição dos estudantes que com certeza eram boa parte homens frustrados e que estão tão obcecados pelo ópio da modernidade sexual que não conseguiram se comportar diante de uma provação.
Isto serve para revelar o grande abismo que existe hoje no seio da nossa juventude que anda carente de tudo revelando a falta de maturidade social em situações tão simples. Estar em uma universidade na “elite do saber” vai muito mais além do que buscar uma formação e sim lidar com os nossos preconceitos, aceitar a diversidade, ampliar a visão cultural, quebra paradigmas e neste bojo alicerça-se para trabalhar em uma sociedade tão complexa e intensa como a nossa. Que profissionais serão estes que hostilizaram a Geyse se ainda nem entenderam o que ser universitário?.
Nenhum comentário:
Postar um comentário