1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

terça-feira, 7 de julho de 2009

“OS QUÊS, OS PORQUÊS” NÃO DIZEM NADA.


No mês passado o STF achou por bem eliminar a reserva de mercado para jornalistas, derrubando a obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão. Chegando ao cumulo do presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes um cidadão pelo apogeu do cargo julgamos ter vasto conhecimento comparar, o jornalista a um cozinheiro, ou seja, não é preciso ser profissional gastronômico para fazer comida a mesma coisa é o jornalismo. Toda a sociedade até os mais leigos perceberam que a infeliz decisão foi precipitada e equivocada. Mas os doutores da lei precisavam atender outros interesses que estão em jogos e circulam pelos caminhos financeiros, políticos, culturais e sociais.

Em questão de tempo veremos os novos cursos tecnicistas no mercado como fonte de lucro para muita gente, “Curso Técnico de Jornalismo”, como se somente saber os “os quês, os porquês” e algumas técnicas fosse suficiente para torna um candidato a profissão habilitado para lidar com a informação de forma plena, eficiente e dominante e como fica a assimilação e difusão de informações, formação cultural, retidão de caráter, compromisso com a informação e com o público ? Por trás de toda esta banalização há um só alvo bem despido trata-se de um interesse corporativo, que pode gerar precarização das relações de trabalho. Com a não exigência de diploma, as empresas poderão contratar qualquer pessoa como jornalista, como bem quiser que escreva aquilo que “eu" quero falar.

Em pleno século XXI enquanto todos estão avançando o Brasil retrocessa. Ao invés de incentivar a uma qualificação superior, motiva ao conhecimento técnico pra tudo, para que o cidadão torna-se uma máquina sem tempo de pensar ou questionar. Desta situação toda, o bom é que as empresas de comunicação ainda vão continuar buscando o ótimo profissional com conhecimento apurado e não arranjado. Entre um jornalista diplomado competente e outro, autorizado pela DRT, mas incapaz, a escolha é obvia. Capacitação, o que é muito diferente de habilitação. Vale lembrar que assim com um medico tem compromisso com vidas nós estamos no mesmo patamar por que uma informação pode tanto construir ou destruir vidas e arruinar a sociedade. Quando construímos um texto pensamos em quem vai receber esta informação, o impacto que pode causa e os possíveis resultados. E para chegar a este nível é preciso conhecimento das teorias da comunicação, da ética e mídia, da sociologia, da psicologia, da lógica e da retórica e de uma serie de alicerce para construção da noticia e não somente pegar alguns ingredientes e temperos, jogar em uma panela social e dar qualquer alimentação para sociedade.

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