1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

PÃO E CIRCO “AI QUE VIDA”



O longa-metragem nordestino “Ai Que Vida! do jornalista e cineasta Cícero Filho, é sucesso consolidado em toda região. O filme traz uma sinopse atraente e hilariante retratando o cotidiano de uma cidade no interior do Piauí. Em meados dos anos de 1990, a fictícia cidade de Poço Fundo, no interior do Nordeste, está vivendo um verdadeiro caos em sua administração pública. O Prefeito Zé Leitão (Feliciano Popô) é um corrupto de mão cheia, capaz de tudo pelo dinheiro, seu egoísmo é a sua principal característica. Zé Leitão já governa Poço Fundo há quatro anos, mas nada fez pela cidade em seu mandato. A população não consegue enxergar as coisas ruins que o prefeito faz. São iludidos com as falsas palavras de Zé Leitão e subestimados com os “programas sociais” que são realizados em seu mandato. Visto isto, a micro-empresária Cleonice da Cruz Piedade (Antonia Catingueiro) se revolta com os absurdos administrativos de seus governantes e decide “acordar” o povo sobre a atual situação da cidade. E luta pelos direitos do seu povo e consegui arrastar multidões em seus claros discursos. O filme aborda também de forma secundária o triângulo amoroso entre Jerod (Wellington Alencar), Valdir (Rômulo Augusto) e Charleni (Irisceli Queiroz).


Ai Que Vida suscita uma problemática brasileira nos aspectos politico-cultural-social, desvelando as feridas do Brasil. Poço Fundo é o retrado da periféria brasileira que acumula em suas entranhas corruptos que se utilizam da politica “pão e circo” em pro da perpetuação e solidificação do poder. Culturalmente a massa não foi preparada para migrar do senso comum para o o senso critico da realidade despida de miseria em que estão envolvido. Alem disso, outro ponto dentro do contexto emocional é o traingulo amoroso. Nele uma bela jovem Charleni empenha-se em manter o amor com uma pessoa de personalidade dupla Jerod e outra que se diz amiga Mona busca nessa relação extrair seus interesses pessoais. As duas questões estão inseridas em nosso cotidiano como normais. Infelismente uma considerada parcela de brasileiros não tem educação plena para questionar, gritar, criticar, argumentar e proclamar a independencia, resta se submeter à esta conjuntura social crendo ser natural. Ai Que Vida...

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