1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ENXURRADAS DE VERÃO.

O verão chegou e com ele uma velha problemática ambiental “As Enxurradas de Verão” que deixam mortos, desabrigados e causam prejuízos para o comércio e a indústria. Observe que esta tragédia é anunciada anualmente e as medidas tomadas ainda não resolveram o problema de forma integral. Todo ano é a mesma coisa, as pautas midiáticas são as mesmas, chuvas e mais chuvas em São Paulo, Belo Horizonte, principalmente no Rio de Janeiro e em todo o Brasil. Depois chega o carnaval às pautas mudam e todo mundo volta morar nas mesmas zonas de perigo. De quem é a culpa? É da comunidade? Jorge Henrique Alves Prodanoff, pesquisador da Escola Politécnica da UFRJ, aponta erros na forma atual de captação da água da chuva em grandes piscinões. Para ele, a forma mais correta seria a descentralização por meio de micro-reservatórios de captação espalhados pela cidade. “Ao contrário de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), onde a captação é concentrada, quanto mais espalhado o sistema de controle de cheia e qualidade de água da chuva, mais barato e menores são as probabilidades de dar algo errado”, explica.

Nas grandes cidades São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e já incluindo São Luís o cimento e o asfalto vão mudando a paisagem ambiental causando uma crescente taxa de impermeabilização do solo, o grande problema gerador das enxurradas. Além das enchentes que os grandes Centros urbanos sofrem anualmente há outra situação, é que a chuva causa um problema ambiental grave, mas pouco conhecido no país: a água lava uma grande quantidade de sujeira nas superfícies impermeáveis, fruto de uma imensa produção de resíduos sólidos da sociedade urbana atual. Entre as principais fontes poluidoras listadas por Prodanoff estão os resíduos lançados com a pavimentação das ruas, os gases lançados dos motores dos veículos, a deposição atmosférica, o lixo, os locais de construção e as redes de esgotos deficientes. Para se ter uma idéia, a primeira meia polegada (12,5 milímetros) de chuva, chamada de impacto da carga de lavagem sobre a bacia urbana, tem qualidade comparável ao esgoto primário, ou até inferior.

Será que o governo nunca fez um estudo pra analisar este drama e resolver a problemática que a cada ano é mais intensa? Ou será que os políticos acumulam pretensões políticas destas enxurradas pra depois gerar enxurradas de licitações para recuperar as vias? Seria mais fácil o governo (municipal, estadual e federal) ter um projeto e evitar esta calamidade anual que resulta em tantas perdas. É necessário olhar pra esta situação com mais seriedade e compaixão e agir com coerência e transparência (agora parece que politicamente é difícil no Brasil). Tirar as comunidades das zonas de perigos, oferecerem condição de moradia e trabalhar respeitando os aspectos ambientais e bloqueando a intervenção do homem à natureza porque se observamos cada ano às catástrofes são piores e assustadoras como agora o caso no Rio de Janeiro na região Serrana com mais de 400 mortos. A presidenta e outros políticos estiveram lá pra quê? Se todo ano é a mesma saga e ninguém toma uma atitude solúvel! A Dilma falou: A prevenção não é uma questão de Defesa Civil apenas. “É uma questão de saneamento, drenagem e política habitacional de governo”, disse Dilma. "A moradia em área de risco no Brasil é a regra, não é a exceção", Poxa que discurso lindo e confortante pro momento assim como a liberação de 1 bilhão do Banco Mundial com objetivo é tirar moradores das áreas de risco. Alimentar a esperança faz parte do cardápio de fé do povo brasileiro e vamos acreditar que em 2012 o governo não faça novas visitas e promessas no Rio de Janeiro, São Paulo e outras localidades, pode a ter ser que aconteça mas com menos proporção esperamos.

http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=397

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