1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

DILMA: DEU CERTO PRESIDENTE


Após 25 anos da Nova República brasileira a consolidação da democracia e cada vez mais visível e o pais avança, mesmo que de forma lenta mais já conquistamos muitas coisas. O Brasil tem vivido o seu mais longo período de normalidade democrática em toda a história do país. Em 1982, o país passou por uma grande mudança política com as eleições gerais e as eleições para governadores, quando houve uma ampla vitória da oposição ao regime militar. Em 1989, o Brasil teve as primeiras eleições diretas para a presidência da República. Em 1992, após longa mobilização de massa, houve o impeachment, por meio democráticos, e a saída do presidente em exercício, Fernando Collor. Assumiu o vice Itamar Franco que passou o bastão, em 1994, para o presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi reeleito e ficaram 08 anos no cargo. Em 2002, o Brasil elegeu um retirante nordestino e líder operário que foi reeleito nas eleições seguintes, Luiz Inácio Lula da Silva com 8 anos no poder e passar a presidência para a primeira mulher eleita a presidente no país.

O atual período democrático caminha para ser o mais longo e, principalmente, o mais profundo em termos de extensão dos direitos de cidadania. A esperança de vida ao nascer passou dos 70 anos, o analfabetismo entre a população em idade escolar é muito baixa e os índices de pobreza tem se reduzido. Mais de dois terços da população participam do processo eleitoral. Embora ainda falte muito para o Brasil ser considerado um país desenvolvido, tem havido progresso e melhoras constantes, mesmo que em um ritmo mais lento do que o desejado.

E para sacramentar esta consolidação democrática como destacou o jornal de Santa Catarina: “no dia 31 de outubro de 2010 mais de 55 milhões de brasileiros colocaram uma mulher nascida somente um ano depois da eliminação de todas restrições ao voto feminino no Brasil. Esta mulher se chama Dilma Roussef”. A primeira presidente do Brasil nunca exerceu um cargo eletivo, há quatro anos era um nome desconhecido do cotidiano brasileiro e representa hoje para o pais a continuidade das políticas econômicas e social do governo Lula que a transformou em Presidente do Brasil. A filha de um imigrante búlgaro e ex-combatente da ditadura militar dos anos 1970 assumirá a Presidência da República em 2011, num mandato de quatro anos. Ela deverá dar continuidade à política de crescimento econômico que, segundo diversas previsões, deve transformar o Brasil na quinta maior economia do planeta nos próximos anos, bem como às políticas sociais que tiraram milhões de brasileiros da miséria.

O presidente Lula pensando na concretização de diversas conquistas no seu governo e na possivel voltar em 2014 indicou entre tantos politicos petistas de renome uma mulher e a verdade é que grande parte do eleitorado votou em Dilma porque acham que o governo Lula foi um sucesso. Esse é um motivo. Outra razão é manter o status quo socioeconômico alcançado. Mais de 20 milhões de pessoas deixaram a pobreza. Essas pessoas querem manter o novo status que alcançaram. O paradoxo desta questãoé que poucos brasileiros sabem sobre Dilma. Sabe-se que ela integrou organizações de combate à ditadura como a Colina e a VAR-Palmares no final dos anos 60 e início dos anos 70, até ser presa e suportar, por mais de 20 dias, a tortura física. Quando deixou a prisão, no final de 1972, abandonou a luta armada. Sabe-se também que ela enfrentou um câncer linfático em 2009, quando já era apontada como candidata do PT à Presidência. Dilma chegou ao partido em 2001, quando era secretária de Minas e Energia do Rio Grande do Sul. O mesmo cargo ela ocupou no governo Lula a partir de 2002. Com o escândalo do Mensalão, em 2005, e a consequente queda do então chefe da Casa Civil José Dirceu, Dilma passou a ocupar a pasta e logo se tornou a pessoa de confiança de Lula.

Como Dilma é uma petista recente, há dúvidas sobre a relação que ela terá com o PT, um partido de forte estrutura interna, durante o próximo governo. Dilma não terá a mesma força de Lula para impor suas ideias ao PT. Lula sempre foi maior do que o PT, e tem gente achando que o PT terá mais influência no governo Dilma do que no governo Lula." Dilma terá vários desafios pela frente. Apesar dos avanços na área social, ainda há muitos brasileiros vivendo na pobreza. O sistema público de saúde continua sendo precário, e as melhorias na qualidade da educação básica avançam a passos lentos. Outro desafio urgente é a infraestrutura deficitária, principalmente de estradas, portos e aeroportos. O Brasil vai receber a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 e isso vai demandar rápidas e grandes mudanças na área de infraestrutura. Ao contrário de Lula, Dilma não é dona de uma personalidade carismática, e é frequentemente apontada como durona e incisiva. Isso pode influenciar a imagem que os brasileiros terão da presidente passados os primeiros meses de governo e, como opina o analista politico Fatheuer, também a imagem do Brasil no exterior. "Lula não é só um político, ele é uma espécie de superstar da política. Ele tem um apelo mundial e torna o Brasil conhecido no mundo. Esse não será um ponto forte de Dilma", diz o analista. São tantos percalços a enfrentar mas de um coisa sabemos no primeiro momento: “Deu certo presidente”, vejamos nos próximos passos.

Um comentário:

José María Souza Costa disse...

Jerry, eu vim ler o seu blog. Já gostei do nome " 1outro olhar" parece assim uma coisa, misteriosa. Muito bom, excelente.Gostei mesmo. Mas, estou aqui também para lhe convidar a visitar o meu blog e se possivel seguirmos juntos por eles Estarei esperando vc, lá
Abrass.