1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

DIZ- RESPEITO AO CONSUMIDOR




Você já teve o desprazer de estar em uma loja de departamento e pedi pra ir ao banheiro? Foste atendido ou o seu simples desejo foi frustrado? No mundo atual, super consumista, onde as forças para atrair o cliente são exacerbadas, há uma falsa ideologia de respeito ao consumidor. As grandes redes de loja do Brasil inteiro fazem campanhas publicitárias das mais bonitas e criativas possíveis para ter o cliente aos seus pés e acabam alcançando o seu alvo porque, afinal de contas, vivemos em um mundo onde boa parte da massa é manipulada pelas pregações do capitalismo que induz, cria, reformula e inventa “NN” formas de sempre estarmos insatisfeitos.
No mercado consumidor, tudo gira em torno de um único objetivo: "como agradar o cliente”. Para isso, treinamentos são oferecidos aos colaboradores, deixando-os aptos a satisfazer seus clientes a qualquer custo, indo de promoções, descontos, brindes e etc. Quais são de fato as necessidades do cliente? Pensar que o bom atendimento ao cliente resume-se somente na satisfação em adquirir o produto é uma falácia. Ainda que o capitalismo veja o cidadão como uma máquina manipulada pelos seus apelos, as necessidades sensíveis desse consumidor vão sempre existir.
Há um grande desrespeito ao consumidor nas lojas de departamentos aqui em São Luis e, acredito, que pelo Brasil a fora. A exemplo disso, é só chegar a uma loja tipo Riachuelo ou C&A, da nossa cidade, e no auge das compras dizer ao atendente e/ou vendedor que você deseja ir ao banheiro e veja que constrangimento sofrerás. Ainda mais se for uma compra bem simples como uma blusa ou um par de meias. A resposta, do atendente, desrespeitosa e rápida, será algo do tipo “não temos banheiro para clientes, só para funcionários”! O discurso, a ideologia, a sistematização de satisfação do cliente fica onde? O cliente precisa, também, ser atendido em suas necessidades básicas. Como explicar o caso de um cliente que faz as compras às pressas porque precisa ir ao banheiro e a loja não oferece este serviço? E o que dizer se, nessa pressa, acontecer um incidente? É esse o atendimento que o cliente merece?
As lojas de departamento principalmente aqui em são Luis estão inteiramente comprometidas com os grandes lucros e expansão de seus negócios. Os empresários do ramo, que almejam o sucesso no atendimento, devem desenvolver a sensibilidade para captar profundamente cada estímulo emitido pelo consumidor. As emoções, as necessidades básicas e os sentimentos têm muito a dizer quando considerados nesta perspectiva de análise e compreensão das pessoas. O consumidor, embora às vezes muito passivo nessa relação, deseja melhorias na maneira a qual é tratado pelos profissionais nessa relação de compra e venda.
No Código de Defesa do Consumidor, que em seu Capítulo II: Da Política Nacional de Relações de Consumo, observa: “Art. 4° - A Política Nacional de Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito a sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo - encontram-se descritas relações comerciais englobando questões físicas e valores éticos, cuja finalidade é a de estimular o respeito ao ser humano.

O respeito ao consumidor, em sua plenitude, é vital para a sobrevivência do negócio e da dignidade humana e suas relações comerciais, e deve ser profundo e estar enraizado na mentalidade de todos que pretendem permanecer no mercado.

Um comentário:

Anônimo disse...

É, Jerry, vc tem razão.É chato ser tratado feito "coisa". Estamos ficando tão abstratos que não temos mais nem nome. Somos consumidores, motoristas, pedestres...E por aí vai. Para criar uma falsa intimidade até que o vendedor tenta saber o seu nome, mas segundos depois, logo esquece e aí vem aquela frase: Como é o seu nome mesmo?