1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

domingo, 1 de abril de 2012

E A GLO"BBB"O AGRADECE A TODOS...




Terminou um dos programas mais baixo da televisão brasileira e de alto faturamento para emissora que o produz, “O Big Brother Brasil. Faturamento garantido pelo telespectador que se envolve neste jogo de cartas marcadas através das milionárias ligações e aquisições dos produtos vendidos pela emissora em cada episódio do programa. Nos dias após o programa era nítido o comentário de muita gente sobre o resultado que foi quase unânime pelo Fael, um simples caubói banhado de “simplicidade e inocência” e sempre fora da orbita do mundo moderno. Este ano a Globo teve sérios problemas principalmente no quesito audiência chegando a mudar a estratégia diversas vezes. Buscou resultado no IBOPE até através de exclusão brusca de um participante o acusando de estuprador e a audiência piorou. Mesmo assim sua receita estava garantida. Por quê?

Ao expressar meu ponto de vista contra esta fábrica de ilusões fui praticamente excluído da roda de bate papo e chamado de fora da lei. Por quê? Talvez não seja o consumidor potencial que a Globo precise. Consumidor não somente no sentido lógico de assistir o programa, mas, de votar, comprar os produtos ligado ao reality show, pautar a conversar do dia no enredo da casa, deixar de ler um livro ou fazer outra coisa mais proveitosa para está no horário marcado pela Globo ali batendo o ponto, todos dias nos próximos 90 dias ou mais. Resultado: alienação e atrofiamento da mente daqueles que se entregam de corpo e alma principalmente os que estão em processo de formação e precisam evoluir através da educação, da moral, da ética, dos bons costumes, do respeito, da coerência e tantos outros adjetivos que o programa destrói. Os brothers que serão bandidos ou mocinhos são chamados de heróis na maior normalidade desconstruindo a verdadeira noção de heroísmo que, neste país existem muitos, que não passam o dia esperando a Globo garantir o almoço, a jantar, as festas, a fama, os gastos e no final da saga um bom salário..

Em um país carente de educação que é visivelmente negada para que o cidadão brasileiro não se torne ciente e consciente dos seus direitos a Globo, assumi este papel para deseducar e domesticar a nação com conceitos longe da moral e da inteligência, prega que o importante é a embalagem, a estética, a vaidade que são louvados como o que há de mais interessante a si aprender. Um mar de vulgaridade invade os lares em horário nobre. Parece um zoológico onde impera a esperteza, a malandragem, a baixaria e o apelo sexual. Um cenário sub-humano e tudo é coberto pelo mar da normalidade.

A ideologia da normalidade aponta que quem assistiu o BBB é um sujeito “descolado” que aprende a conviver com os outros na medida em que visualiza as vivências daqueles participantes e neste contexto se constrói uma relação interpessoal esquematizada num jogo de infidelidade, traição, ambição e falta de amor ao próximo. Aprende a competir? A trapacear? A naturalizar as diferenças sociais? A inventar causas e efeitos para comportamentos e sair psicologizando bobagens? A reduzir a vida apenas à competição desenfreada por status e dinheiro? A distorcer a própria imagem corporal em detrimento da imagem do outro apresentada na TV? Uma receita de sucesso do Capitalismo é manejar seres humanos através do manejo dos objetos. Melhor ainda quando os seres humanos são os próprios objetos, ou, 14 objetos expostos em uma fantástica casa que vende de tudo que vem distorce as boas maneiras sociais

E assim acaba o reality show que de real não tem nada sem o dedo do poderoso Boninho (criticado pelo próprio pai Boni de Oliveira) em uma edição rentável. Fael saiu om 1.5 milhão conquistado com muito esforço ao som de muita balada, bebida, mulher bonita e toda mordomia pago por tantos brasileiros ao preço de 0,30 centavos e mais impostos. Agora os micros patrocinadores dessa fortuna voltam ao seu reality show na busca de alguns trocados para manter suas baladas, bebidas, mulheres e etc.

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