1 OUTRO OLHAR

Seja bem vindo ao meu espaço democrático onde não há censura, aqui não quero criar ideologias e nem doutrinas de vida e sim, expressar a minha opinião sobre aquilo que me causa inquietação. Pode ser que o meu OUTRO OLHAR não esteja na mesma direção do seu, isso não me incomoda, pelo contrário prova que cada um é pautado nas suas experiências e têm sua forma de pensar e analisar.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A EDUCAÇÃO ATRAPALHA A INDUSTRIA DA ALIENAÇÃO

Ontem saiu uma pesquisa onde o Ministério da Educação divulgou os dados referentes à educação ao Censo Escolar referentes ao ano de 2008. O censo é realizado todos os anos pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O ministério utiliza os dados para a elaboração de políticas e programa que possam satisfazer as necessidades de cada estado, além de servir como base de cálculo para os indicadores do Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), usado como referência para o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Nessa divulgação o Maranhão mostrou oscilações em seu desempenho no quesito matrículas indo da educação de base ao ensino profissionalizante.

Na educação de base o número de matriculas no Maranhão no ano passado foi de 2.291.842, em relação ao ano anterior a quantidade de matriculas registrada foi menor. Mas em contra partida o Maranhão foi o único estado da região a não apresentar variação. Na educação infantil, o Maranhão também apresentou déficit de matriculas registrado em 2008 em relação ao ano anterior. Na pré-escola o Maranhão ficou em quarto lugar entre os estados da região Nordeste que mais matricularam alunos nessa faixa escolar. Novamente o Maranhão apresentou diminuição no número de matriculas, desta vez no ensino fundamental. O estado registrou 0,6% menos matrículas em 2008 em relação ao ano anterior. Entre os novos matriculados no ensino médio, o Maranhão foi o estado que apresentou a maior variação positiva na região Nordeste com índice positivo de 3,4%. em 2007. Na educação especial, o Maranhão também foi o estado da região Nordeste que mais matriculou em 2008 com aumento de 2,7% em relação ao ano de 2007. Na educação de jovens e adultos novamente o Maranhão apresentou índices negativos de acordo com dados do Ministério da Educação. E por fim na educação profissional, o Maranhão apresentou a maior variação positiva entre os quesitos pesquisados.

Será que posso dizer que o Maranhão avançou, retrocedeu, cresceu e melhorou sua educação? É claro que não. Números serão sempre números e em muitos casos não expressam nada. Acredito que aqui no meu estado tem sido assim, uma preocupação exacerbada do executivo em mostra números que enganam e não resultam em nada. Matriculas e matriculas é uma prática normal assim com educar seria se fosse meta de um governo sério e comprometido com o crescimento intelectual da população. Mas crescimento intelectual da população pode gerar outra coisa e bem benéfica, um povo esclarecido, consciente e ciente dos seus direitos e obrigações. Isso seria bom para os nossos governantes que desviam verbas, superfaturam licitações e criam quadrilhas especializadas em enganar o povo?

Educar nesse país é sinomino de falhar e feio nos projetos de alienação, dependência e incapacidade de julgar e decidir conscientemente elaborado pela Indústria Cultura e mantido pelos “poderosos” no âmbito político, econômico, social e religioso. No Maranhão e pelo Brasil afora são investidos há anos milhões de Reais para a educação e o resultado está bem claro nas favelas, periferias, ruas, vilas, nos subúrbio e pelo Brasil a dentro e até mesmo nas próprias escolas e no seio da elite. Saber escrever e ler são apenas algumas pedras desse grande alicerce chamado O Saber. O que assistimos hoje no cerne da modernidade e do avanço assustador da tecnologia é um crescimento da “educação do homem máquina” bem manipulado e ideologizado. A nossa pobre educação principalmente a de base é imediatista e intensifica os fortes propósitos da Indústria Cultural como diz Theodor Adorno filósofo da Escola de Frankfurt que tem como guia a racionalidade técnica esclarecida, prepara as mentes para um esquema que é ofertado por ela que parece ser um conselho de quem entende. Isso impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente. Deixando bem claro o medo que os nossos “doutores” da lei seja lá de qual esfera for têm de investir na educação para não atrapalhar a industria da alienação.

3 comentários:

Anônimo disse...

CAra o nosso país infelizmente soh liga pra números e não pra qualidade,notei isso principalmente qdo o texto diz q o MA matriculou mais alunos,e aonde esta a qualidade?

T. Diniz disse...

ótimo texto! parabéns!

Nilra Barros disse...

parabéns,
o texto está conciso e aborda muito bem essa temática!